quinta-feira, 27 de setembro de 2012

'Vai ter presunto?', diz mensagem de suspeito da morte de dançarina (Postado por Lucas Pinheiro)

 A dançarina Adayane Matias, de 20 anos, e seu parceiro de dança, Juliermeson Bastos, de 20 anos, confessaram nesta quarta-feira (26), segundo a polícia, que planejaram a morte de Alini Gama. Ele disse que, depois do crime, enviou uma mensagem para o celular da amiga brincando com a morte da dançarina: “Agora você vai ter um presunto no café da manhã?”. Para o delegado, os dois, além de planejar a morte da jovem, debocharam da vítima após a morte. Eles foram presos e encaminhados ao Centro de Triagem de Viana, na Grande Vitória. O então namorado de Adayane, David Correia, já está preso porque confessou ter executado a jovem.

Alini foi morta em uma emboscada no dia 21 de setembro. Segundo a polícia, a morte foi planejada pelos dois dançarinos. Juliermeson Bastos e Adayane Matias queriam a vaga da vítima em uma banda de forró. O namorado de Adayane, o caminhoneiro David, disse para a polícia que atirou em Alini como prova de amor. De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. O suspeito de ter arquitetado o crime se aproximou da dançarina por meio de redes sociais.

Adayane foi levada para Presídio Feminino em Xuri, Vila Velha. Juliermeson esta na Delegacia de Homicídios e Proteção às Mulheres até o final da manhã desta quinta-feira (27) e será levado para o Centro de Triagem de Viana, onde o caminhoneiro Deivid já foi levado. A polícia informou que os três foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por ser um motivo fútil e não dar chance de defesa da vítima

De acordo com o delegado, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) de Vitória, Adroaldo Lopes, uma semana antes da morte de Alini Gama, a dançarina Adayane Matias e Juliermeson Bastos arquitetaram detalhadamente três atentados contra a vida da jovem. No último, Alini acabou morta.

 “Foi um momento de desespero. Queríamos ter reconhecimento como dançarinos. As nossas tentativas não estavam dando certo. Adayane chegou em um consenso com o namorado. Seria uma prova de amor. Ela ficaria feliz se ele fizesse isso por ela e foi aí que ele fez o que fez”, contou Juliermeson.

Durante o depoimento na delegacia, Adayane Matias se recusou a falar com a imprensa e apenas chorou. Para o delegado, ela disse que o alvo do namorado era uma das quatro dançarinas que participariam do DVD da banda de forró. Ainda segundo Adroaldo, o susto em Alini Gama seria mais fácil, já que as outras dançarinas moravam em Guarapari, na Grande Vitória.

O delegado afirmou que Adayane e o colega encomendaram a execução depois que Alini conseguiu ser contratada para a vaga de dançarina de uma banda de forró, posto almejado por Adayane. Adroaldo Lopes informou que o caminhoneiro, que executou a jovem, revelou a participação da namorada e do amigo dela depois que soube que Adayane declarou que o namoro entre eles havia terminado.

“As contradições nos depoimentos nos chamaram a atenção e em uma nova declaração, o David contou que a namorada não só sabia, como também planejara o crime com a ajuda do colega de dança”, afirmou o delegado.

 O plano
Uma semana antes da morte de Alini Gama, a dançarina Adayane Matias e Juliermeson Bastos arquitetaram detalhadamente três atentados contra a vida da modelo, segundo o delegado.

Em todos, eles contavam com a ajuda do namorado de Adayane e afirmaram que o objetivo era apenas “dar um susto” na vítima para tentar evitar que ela assumisse a vaga de dançarina da banda.

O primeiro plano era de impedir que a vítima chegasse até a cidade de São Mateus, no Norte do estado, no dia 22 de setembro. Alini se apresentaria neste dia com a mesma banda de forró que Adayane e Juliermeson acompanharam no início do mês.

“Eles planejaram um atentado ao ônibus que levaria os integrantes da banda até a cidade. A ideia era abrir fogo contra o veículo em movimento na rodovia. Porém, ao pedirem a David que executasse a ação ele se negou a realizar o plano, pois poderia ferir outras pessoas inocentes. Posteriormente, Juliermeson coletou informações sobre a vida de Alini com colegas em comum”, disse o delegado.

Segundo o delegado, antes de assassinar a jovem, David havia procurado Alini na casa dela e depois na academia onde malhava, mas não a encontrou. Já com o telefone de Aline em mãos, Adayane e Juliermeson conseguiram forjar uma proposta profissional com a ajuda de David, de acordo com o delegado Adroaldo Lopes.

 A banda de forró
O cantor da banda de forró em que Adayane e Juliermeson atuaram durante uma turnê do feriado de 7 de setembro, Luis Paulo, também foi ouvido na delegacia, na tarde desta quinta-feira. Ele esclareceu que havia uma vaga para dançarina no elenco da banda, mas que Alini já estava cotada para o cargo.

Segundo o delegado Adroaldo Lopes, ao saber da vaga, Adayane se ofereceu para fazer um teste na companhia do parceiro de dança. Os shows aconteceram durante os dias 6 e 9 de setembro, nas cidades de Linhares, Aracruz, Nova Venécia e Aimorés (MG). Cada um recebeu R$ 100 por apresentação e mais a condução para as cidades.

“Durante essa turnê, Adayane traiu o namorado, o caminhoneiro que matou a dançarina, e manteve um relacionamento amoroso com o cantor. Os dois já haviam se relacionado em 2008, quando estudavam juntos. Isso alimentou ainda mais as esperanças da Adayane ocupar o cargo”, afirmou Lopes.

Segundo outros integrantes da banda, Adayane passou a insistir que fosse contratada. O empresário da banda, Arthur Mattos, afirmou que Adayane foi rejeitada após os quatros shows da turnê. “Deixou claro que não havia possibilidade de contratá-la. Sentimos muito pelo que aconteceu a Alini, que já havia convivido com a banda, e até fizemos um minuto de silêncio durante a gravação do DVD”, pontuou o empresário.

 Investigações
A Polícia Civil informou que Juliermeson mentiu no primeiro depoimento, prestado na tarde de terça-feira (25), em que relatava não conhecer a dançarina assassinada. Durante as investigações, os policiais descobriram que ele se aproximou de Alini Gama por meio de redes sociais para extrair informações a respeito dela. “Temos registros de conversas dos dois na internet em que o suspeito questiona se Alini estava se preparando para a gravação do DVD e fez levantamos sobre os lugares onde ela frequentava”, afirmou o delegado da DHPM.

Juliermeson foi o primeiro a saber que Alini estava escalada para participar da gravação do clipe, no dia 12 de setembro, depois de entrar em contato com produtores da área da música. Logo depois, segundo a polícia, ele e Adayane foram dispensados de uma outra apresentação da banda de forró, que aconteceria no dia 14, uma semana antes de Alini ser morta.

Ainda de acordo com Adroaldo Lopes, nos dias 14,15 e 16 de setembro, Adayane e Juliemerson fizeram levantamentos sobre a vida de Alini, que havia conquistado o tão cobiçado contrato para participar no DVD. A partir daí, ficou a cargo do caminhoneiro Daivid atender ao pedido da namorada Adayane de dar um susto na jovem. “Comprovar o seu amor, significou tirar a vida de Alini', disse Adroaldo.

O crime
De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h de sexta-feira, no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.

Ainda segundo Adroaldo Lopes, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Radialista é morto a tiros após reagir a assalto em Linhares, no ES (Postado por Lucas Pinheiro)

 O radialista Phablo Félix, 23 anos, morreu após ser baleado durante uma tentativa de assalto, na noite de quinta-feira (20), no Centro de Linhares, região do Rio Doce. Segundo a polícia, dois suspeitos, que estavam em um carro de luxo, foram presos uma hora depois do crime, no município de Colatina, no Centro-Oeste do estado e disseram que saíram da Grande Vitória para praticar assaltos. De acordo com a família, o corpo do radialista será velado a partir das 8h30 na igreja Memorial no Centro de Linhares.

Segundo a polícia, Phablo Félix estava na direção de um veículo modelo Celta na companhia de outros quatro amigos circulando pelo Centro da cidade, por volta das 22h30. O grupo foi surpreendido por dois criminosos que usavam um carro com placas de Vila Velha, município da Grande Vitória. Um dos supostos assaltantes desceu do carro com uma arma e mandou os ocupantes do Celta saírem do veículo.

Testemunhas contaram à polícia que o radialista teria pedido aos criminosos que não levassem o carro. ''A vítima retirou as chaves da ignição do carro e jogou embaixo do banco do motorista na tentativa de evitar que o carro fosse roubado. O suspeito atirou várias vezes no jovem que ainda estava dentro do Celta”, contou o delegado Fabrício Lucindo, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Linhares. A vítima foi socorrida para um hospital particular do município, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

 A Polícia Militar foi acionada e montou um cerco para localizar os suspeitos. Cerca de uma hora depois do crime, dois homens foram detidos em Colatina, cidade vizinha de Linhares. Eles foram encaminhados para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares, onde prestaram depoimento e foram autuados pelo crime de latrocínio. Os dois suspeitos foram reconhecidos por testemunhas como autores do crime.

Um arma foi encontrada dentro do veículo, com quatro munições deflagradas. Segundo o delegado Fabrício Lucindo, um dos suspeitos, um mecânico de 27 anos, afirmou que saiu da Grande Vitória na companhia do amigo com o objetivo de praticar assaltos. ''Um deles confessou que o objetivo era praticar roubos em outras regiões. Estamos verificando propriedade do carro usado pelos detidos", afirmou o delegado.

Atualmente, Phablo trabalhava como operador de controle mestre na TV Gazeta, em Vitória. O pai do jovem, Juvenil Pereira, disse que o filho sempre foi um companheiro. “Ele era um menino ótimo. Pablo estava de férias aqui em Linhares e disse que ia em uma festinha e depois em uma lanchonete de açaí, quando tudo aconteceu. Um amigo dele me telefonou e eu custei a acreditar”, contou.