Menino morre após afogamento em praia de Vila Velha, no ES (Postado por Lucas Pinheiro)

Um menino de nove anos morreu após se afogar na praia de Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, na região Metropolitana do Espírito Santo, nesta sexta-feira (20). Segundo testemunhas, a criança brincava com o irmão na areia e foi arrastado por uma onda forte para dento do mar. A Secretaria de Defesa Social do município informou que o trecho onde ocorreu o afogamento é muito perigoso e, quando se trata de crianças, é preciso redobrar os cuidados.

O menino estava na praia na companhia do irmão, sob os cuidados do tio. "É muito complicado colocarmos a culpa nas pessoas. Mas o responsável por qualquer criança deve ter muito cuidado. Toda a praia é sinalizada e essa área consta como de risco de afogamento", disse o secretário de defesa social Ledir Porto.

Imagens das câmeras de segurança da Prefeitura de Vila Velha mostram que o Corpo de Bombeiros formou um cordão humano, com 10 profissionais, para encontrar o menino na praia. A criança foi localizada com vida, colocada em uma ambulância e levada para um hospital no município, mas morreu minutos depois.

A família doou as córneas da criança e, ainda na noite desta sexta-feira (20), elas foram levadas para a Central de Órgãos.

Após desfigurar criança, portão de creche é consertado no ES (Postado por Lucas Pinheiro)

Mais de 20 horas após o portão da CMEI Ernestina Pessoa, no Centro de Vitória, cair em cima de uma criança, funcionários da prefeitura fizeram o reparo, que durou, aproximadamente, 20 minutos. Os pais de alunos ficaram impressionados com a demora no conserto. Esta não foi a primeira vez que um portão caiu em cima de uma criança nesta creche. Em 2008, foi o portão da quadra de esportes tombou sobre um menino de 4 anos. Nesse caso, a criança não teve ferimentos graves.

Nesta quinta-feira (19), a menina Leyla Negrini teve, segundo a família, o rosto desfigurado após ser atingida pelo portão do estacionamento da creche. O acidente aconteceu por volta de 13h, no horário de entrada dos alunos. Testemunhas disseram que não havia travas para prender o portão ao seu eixo. A prefeitura da capital havia se pronunciado, em nota, dizendo que lamentava o ocorrido, mas não informou nada sobre a demora na manutenção do portão.

Na manhã desta sexta-feira, a administração foi procurada pelo G1 para esclarecer por que o portão estava solto, mas ainda não se manifestou. Os pais estão revoltados com o ocorrido. “Isso é um absurdo. Quando os nossos filhos entraram na creche o portão estava do mesmo jeito. Isso é vergonhoso. Se era rápido o conserto, por que será que a prefeitura não fez o reparo imediatamente? Não dá para entender a demora”, disse a mãe de uma aluno.

Leyla está internada no Hospital Infantil de Vitória, em estado de saúde estável. Segundo a família, “ela teve o rosto desfigurado pelo impacto”. Ainda não foi divulgado um novo boletim médico.

Acidente
A bisavó da menina ferida, Maria Negrini, disse que levou a neta para a creche e de repente o portão estava em cima da criança. “Foi questão de segundos. Ela saiu de perto de mim, entrou no estacionamento e o portão caiu sobre ela. Só vi ela ensanguentada e balançando as perninhas. Fiquei sem reação ao vê-la chorando e toda machucada, deformada. Queremos uma providência da prefeitura e da escola”, contou.

A criança foi socorrida por policiais militares e levada para o Hospital Santa Casa de Misericórdia, mas já foi transferida para o Hospital Infantil da capital. De acordo com a mãe da garota, o estado de saúde dela é estável, mas o rosto está deformado. "Minha filha era linda, um anjinho, agora está com o rosto todo deformado, inchado, sem nenhum dente na boca. Ela teve afundamento de crânio, mas não sabemos ainda o que isso quer dizer para o futuro dela", explicou.

Testemunhas disseram que não há travas que prendem o portão ao seu eixo. A mãe ainda expôs que tem a intenção de processar a escola. "Eu estava na minha casa quando me ligaram falando que minha filha tinha machucado a cabeça no portão da escola. Isso não pode ficar assim, quero processar pra ver se tem um jeito de fazer minha filha voltar ao que era antes, através de procedimentos médicos", disse.

Marcha da Juventude: projetos sociais
do governo do Estado são 'balelas'

Lívia Francez 

O acaso fez com que fosse realizada, um dia após a divulgação do Mapa da Violência 20112 – Crianças e Adolescentes do Brasil, que coloca o Estado em segundo no ranking de homicídios de pessoas de 0 a 19 anos, a Marcha da Juventude, na manhã desta quinta-feira (19). O ato público já estava marcado para acontecer antes da divulgação dos dados, mas o resultado do levantamento marcou o movimento.

Coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o estudo aponta que o Estado tem taxa de 33,8 homicídios de jovens por grupo de 100 mil e só perde para Alagoas, por apenas um ponto, que registra 34,8 homicídios por 100 mil. Os dados consolidados do Mapa da Violência são referentes a 2010, último ano do governo Paulo Hartung (PMDB).

Um dia após a divulgação do Mapa da Violência, representantes da segurança pública do Estado reafirmaram que o tráfico é marcante na influência das taxas de homicídio, citando o programa Estado Presente como uma ação que pode amenizar o aumento nos índices. Para o coordenador do Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes), Luiz Inácio Silva da Rocha, ao contrário do que afirma o governo do Estado, as drogas não são a causa do extermínio de jovens no Estado, e sim a consequência. “Quando não se vê investimento em ensino, esporte, cultura e lazer nas comunidades, a perspectiva desses jovens diminui”.

Ele afirma que o Estado Presente é um programa engessado, que não tem a participação da sociedade civil. “As sociedades representantes da sociedade civil não foram chamadas para discutir a implantação do programa. O governo só conversou com empresários, Federação das Indústrias (Findes) e não com quem vive nas regiões violentas”.

Luiz Inácio diz ainda que os projetos sociais apresentados em respostas aos problemas das comunidades periféricas não passam de balela. Ele explica que esses projetos são implantados a partir de um diagnóstico frágil das comunidades, que não leva em consideração as necessidades concretas das regiões, com ações pontuais. “Só vemos investimento em aparato repressivo”, completou.

O militante dos direitos humanos disse ainda que questões históricas também contribuem para que os índices de homicídios sejam altos e permaneçam assim por uma década. Ele conta que o Estado é marcado por intolerância e conservadorismo, o que fomenta a ideia que as vidas de negros e das mulheres valham menos.

Mapa da Violência

A liderança do Estado no ranking também se reflete em outras categorias, como nos homicídios de mulheres, e não apresenta tendência de queda, já que o Estado figura no topo desde o início dos anos 2000 e, em vez de reduzirem as taxas de homicídios, elas estagnaram e chegam a ameaçar o primeiro lugar de Alagoas. A taxa de homicídios se refere somente ao segmento de 0 a 19 anos, que já representa um número de guerra civil. O resultado geral de homicídios registrados naquele ano chega a 54 por 100 mil habitantes, o que demonstra níveis epidêmicos de violência no Estado.

Em entrevista à Rádio CBN Vitória nesta quarta-feira (18), o sociólogo Julio Jacobo desconstruiu a tese implantada pelo governo do Estado, acolhida inicialmente durante a gestão de Rodney Miranda (DEM) à frente da pasta da Segurança Pública durante a maior parte do governo Hartung, entre 2003 e 2010, de que a violência no Estado esteja relacionada diretamente ao tráfico de drogas. Com base nos estudos detalhados,  o sociólogo repudiou esta ideia e disse ainda ser perigoso tratar a consequência – que é a morte de jovens – como causa exclusiva da violência.

O governo Renato Casagrande (PSB) dá prosseguimento à política de segurança do governo anterior.

Petrobras descobre petróleo na Bacia do Espírito Santo

Agencia Estado

Reprodução/ Petrobrás

A Petrobras comunicou nesta quarta-feira (11) à noite a descoberta de uma nova acumulação de petróleo (15ºAPI) no pós-sal da Bacia do Espírito Santo, na concessão BM-ES-24 (Bloco ES-M-661), localizada a 58 quilômetros da cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo.

A descoberta ocorreu durante perfuração do poço informalmente denominado Grana Padano, a 64 km do Campo de Golfinho, em profundidade de água de 1.208 metros. A descoberta foi confirmada a partir da resposta do detector de gás e da perfilagem realizada em reservatórios localizados em profundidade de 2.008 metros.

A Petrobras é a operadora do consórcio para a exploração da concessão (40%) em parceria com as empresas IBV Brasil (30%) e Anadarko (30%).

A Petrobras informou que o consórcio dará continuidade às atividades no bloco e pretende submeter à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma proposta de plano de avaliação com a finalidade de delimitar a acumulação descoberta, bem como estimar volumes e produtividade do reservatório.

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